quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Devaneios que as musicas fazem...


Chorei feito criança  lendo a tradução e ouvindo essa musicado Pearl Jam - Last Kiss
Claro que pra me fazer chorar não se precisa de muito esforço, porém o sentimento que essa musica me traz é indescritível, me arremete sensações que mesclam felicidade e tristeza.
Por mais que sempre gostei dessa música nunca havia me interessado pela tradução, como sou extremamente leiga  em inglês, quando sinto aquele feeling por alguma música fico divagando com a letra e ela se molda ao meu "momento". 
Normalmente ouço musica em português, mas quando meu estado de espírito pede inspiração apelo para as musicas internacionais, e por a caso percebi que em meu pen drive a maioria das musicas são internacionais, fiquei analisando (sim, adoro me perder em coisas nada produtivo) e cheguei a conclusão  que só tem um motivo: Uso ele no som do carro quando estou dirigindo, e é nessa hora que mais me perco em devaneios ( cá entre nós deve ser por isso que faço tanta barbaridade...rs.).
 Amo dirigir. Tenho Paixão por moto. Sentir o vento, a sensação de liberdade  me enche de tesão emoção.
A primeira coisa que comprei pra mim quando tirei carta, foi uma moto, todos os momentos bons que ela me proporcionou são a explicação da minha paixão. Teve momentos ruins, sim, com certeza. Cai, uma duas, três... melhor para por aqui. Sofri um acidente logo que fez 10 dias que havia comprado a dita, se viva estou foi por misericórdia divina, meus pais ficarão loucos para que eu a vendesse, mas nem por um momento isso passou pela minha cabeça. Só me desfiz dela quando os motivos foram verdadeiramente forte e irremediáveis 3 anos depois. 
Agora vai fazer 2 anos que comprei meu primeiro carro, esse foi um problema, só me trouxe dor de cabeça desde que chegou na garagem pela 1° vez, ( não tinha espaço pra ele) no ultimo ano ele resolveu ser boa pra mim e parou de me dar enxaqueca e furar meus olhos. O que me dá uma dor em pensar em desfazer dele é a musica. Estou doida pra pegar uma moto, sinto muita falta. Mas quando penso em desfazer do meu carrinho, penso nas musicas, nas amigas, sempre quis encher o carro de amigas e sair por ai, ouvindo musica e cantando  - gritando -, sei cena de filme de sessão da tarde, mas fazer o que. E amo dirigir pela rodovia, sozinha a noite ouvindo musica e pensando na morte da bezerra, me sinto como se fosse a Norah Jones no clip de Come away with me. Fica tão difícil de escolher... 

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A Historia de Lilly Braun


Ela era fã de romances. Lia livros e via filmes que falavam de amor e ficava imaginando como seria se ela fosse a personagem principal. Imaginava o homem dos seus sonhos, como ele seria e como seria sua aproximação. Lilly era daquelas mocinhas de filme, gostava de histórias com final feliz e possuía uma imaginação tão louca quanto fértil. Freqüentadora assídua de um bar próximo de onde morava, Lilly era conhecida lá por ser discreta e sempre tomar a mesma bebida, na mesma mesa toda a semana. O bar era uma danceteria discreta, música ambiente, bar man e sempre frequentado pelas mesmas pessoas. Ela nunca se interessara pelos caras que ali bebiam e conversavam. Achava que eles nunca lhe dariam o romance que ela tanto almejava. Queria algo arrebatador, diferente. Algo que lhe tirasse da mesmice e lhe levasse para dentro de seus livros e filmes de romance, mas desta vez de verdade, não só na imaginação
Uma certa noite chovia muito e Lilly entrou no Dancing e pediu o de sempre ao garçom. Ele lhe trouxe o martini com três azeitonas. Lilly gostava do gosto que as azeitonas deixavam no final da sua bebida. E depois ela as comia devagar, saboreando o martini ali impregnado. Naquela noite, ela pouco se interessou em observar as pessoas que estavam no Dancing. Estava concentrada no novo livro de romance que comprara antes de entrar ali. Quando enfim terminou o primeiro capítulo do livro, viu que o martini tb tinha se acabado e com ele as azeitonas. Chegou a pensar que o livro estava tão interessante, que nem percebeu quando as tinha comido. Lilly precisava ir pra casa, estava a muito tempo ali sentada sem perceber. Ainda bem que morava bem próximo ao Dancing. Alguns passos e estaria em casa.
Quando fechou o livro e levantou a cabeça para pedir a conta ao garçom, seus olhos lhe levaram para a porta por onde está entrando, naquele instante, um homem bem apressado. Parece estar querendo se proteger da chuva. “Coitado!” Ela pensou. Mas seu pensamento não passou disso. Afinal, era apenas mais um freqüentador novo no Dancing. E neste momento ele a avistou. E foi como se os olhos dele tivesse lhe dado um close. Assim como acontecem nos cinemas. Ele ficou parado por um tempo contemplando Lilly. Parecia comê-la com os olhos. O que a deixou muito sem jeito e talvez com um pouco de medo. Mas ela sorriu timidamente a ele. E logo se imaginou fazendo poses para os olhos daquele homem desconhecido que a olhava como se a tivesse fotografando para não esquecer do seu rosto. Pensou que talvez fosse bom retribuir a ele os olhares, afinal ele era muito bonito, pelo menos assim de longe. E foi então, quando pensou nisso, que ela lhe sorriu dessa vez com tamanha felicidade. Pois tinha algo dizendo a Lilly que era para ela agir dessa forma. Parecia que os olhos daquele homem a tinham hipnotizado.
Ele veio em sua direção, para Lilly não havia mais ninguém no Dancing, apenas ela e aquele homem misterioso. Quando ele se aproximou, ela conseguiu ver direito o seu rosto. Tinha as sobrancelhas grossas e bem desenhadas, um rosto quadrado e lábios médios. O queixo era bem pronunciado. Não possuía barba e nem bigode e os cabelos eram negros e ainda tinha um pouco de costeleta. Parecia aquele personagem do filme que ela tinha visto semana passada. Pensou ser imaginação. Talvez devesse parar de ler e de ver tantos romances. Mas a sua imaginação acabara de lhe oferecer um drinque. Ela disse que sim apenas com a cabeça. Ele puxou a cadeira ainda olhando em seus olhos, quando o garçom se aproximou. E sem tirar os olhos dela ele pediu: “Traga para essa moça o mesmo que estava bebendo e um scotch para mim!” Lilly se sentiu confusa. Pensou em ir embora, mas antes mesmo que ela juntasse suas coisas ele falou novamente: “O que um anjo azul faz aqui neste lugar?!” Anjo azul?! Que brega! Mas assim era Lilly, brega como seus romances. E nesse instante sua visão ficou flou. Depois deste dia, vários martinis com três azeitonas Lilly tomou com aquele homem que deveria ter vindo do romance mais meloso que ela já tinha lido ou visto. Ás vezes era presenteada com uma rosa azul e um poema feito especialmente para ela. Lilly estava aproveitando cada momento daqueles encontros no Dancing, que passaram a ser rotineiros e vivia como as personagens mais amadas da face da ficção. Mas o seu romance, de fictício não tinha nada.. Todos os dias quando chegava em casa, e escutava o blues que estava tocando no Dancing quando se conheceram, ficava pensando no olhar, nas palavras em tudo o mais que aquele homem lhe proporcionava, ela se comparava a uma gema sem clara, completamente desmilinguida. Era assim que ela pensava estar. Numa certa noite ele abusou um pouco do tal scotch e entre tantas palavras de amor ele lhe disse que o corpo dela seria só dele aquela noite. “Oh…por favor!” Ela disse. O achou atrevido e ela não seria dessas. Afinal ela era a mocinha e não a moça malvada que quer separar o casal, pensava ela. Mas não era isso o que Lilly queria dizer. Queria mesmo ter seu corpo envolto ao dele. Mesmo assim, ela colocou seu xale em volta do busto para esconder o decote da chuva ou de quem quer que seja e se foi. Cheia de vergonha, com o rosto vermelho e quente.Lilly continuou freqüentando o Dancing, mas já não queria encontrar aquele homem. Achava que ele tivesse desistido dela por ela se negar a ir pra cama com ele. Chegou a se arrepender de dizer não, mas Lilly era muito tímida e contida em seus sentimentos carnais. Ela queria sim se entregar ao homem da sua vida. Mas achava que ele tinha sido muito canalha ao lhe proferir aquelas palavras. “Meu corpo só dele?! Não sou uma mercadoria!” chegou a pensar cheia de raiva sentada na mesma mesa, tomando seu Martini. Mesmo não querendo encontrá-lo, Lilly não parava de olhar para a porta do Dancing. Queria que estivesse chovendo como da primeira vez. E achou que ele nunca mais voltaria ali. Lilly tentou se ater ao seu novo romance e quando percebeu que folheava as páginas do livro sem prestar atenção no que estava escrito ali, decidiu ir embora. Juntou seu casaco e bolsa e caminhou até a porta. Quando a abriu, eis que surge em sua frente aquele homem. Tinha ele em suas mãos um buquê de rosas azuis e dez poemas feitos especialmente para ela. Tinha juntado por todos esses dias que não haviam se encontrado. Mas Lilly ficou irredutível, apesar de querer abraçar seu grande amor, não pegou as flores ou os poemas, Lhe disse adeus e saiu caminhando. Ele foi atrás dela e gritava seu nome lhe pedindo para esperar. Lilly parou e ele em sua frente disse que lhe amava e que a queria como esposa e não como mercadoria. O coração de Lilly disparou, era tudo o que ela queria ouvir desde que se conhecia por gente. Ela mal conseguia acreditar quando ele a beijou no altar da Igreja da cidade onde nascera.

Com o passar do tempo, Lily nunca mais leu ou viu um romance. Pensava que, o que ela estava vivendo era suficiente. Nunca mais tomaram drinque no Dancing. Afinal, lá era cheio de homens, não ficaria bem para uma mulher casada freqüentar aquele lugar de solteiros. E tb nunca mais recebera suas rosas azuis ou seus poemas. Sentia falta de tudo aquilo. Talvez Lily seria mais feliz anteriormente e não sabia disso. Achava que sua felicidade estivesse nas mãos de um romance, mas estava enganada. Sua privação da vida que tinha antes lhe respondera que não. O romance da vida real lhe dissera que não.



Fonte.


PS: Gosto mais dessa versão.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Frases dispersas...

"O fato de estar à espera do amanhã não significa que não possa, também eu, perder-me no hoje. Me perco e me acho, cotidianamente..."


"Se os fatos não se encaixam na teoria, modifique os fatos." 


E  lá vamos nós... de novo.

terça-feira, 26 de julho de 2011



Você se perde em esquinas que já perpassou diversas vezes,  são os mesmos caminhos, mas você  já não os reconhece mais.
A falta de rumo continua...
O tempo que se vai, sem dar tempo de ser percebido, é tanto tempo que perdemos ou achamos que perdemos... é tanto medo do tempo ir e ficarmos incompletos pra trás.
Oscar Wilde, escreveu um dia que ‘a música é a arte que mais perto nos deixa das lágrimas e das recordações’, ele tinha razão. Só a música faz com que eu consiga externizar o que estou sentindo, só ela faz com que eu consiga administrar e compreender melhor o turbilhão de emoções que por vezes me acomete.

E por fim, só através da música que consigo sonhar, ela me move de uma forma tão encantadora que me perco em devaneios ora feliz outrora triste. O porque dessa explanação é simples, estou ouvindo -pela milésima vez - All I want is you - U 2 ela sempre me faz recordar dois relacionamentos que tive, e que foram demasiadamente importantes para mim, me faz pensar em duas coisas: nas promessas e no tempo.


São tantas as promessas que fazemos e ouvimos, no ápice da emoção temos a certeza que o que foi dito será pra sempre, juramos amor eterno, desenhamos planos de um futuro recheado de felicidade. E nem se damos conta do tempo. O tempo em que seu parceiro(a) está,  o momento em que entramos na sua vida nos permite fazer/acreditar  nas promessa?


Se nos atentássemos aos detalhes evitaríamos tantas decepções, mas é notório que até os que se julgam mais sensatos pecam a esse respeito. Meu primeiro relacionamento durou quase quatro anos comecei com 17 anos. A principio foi lindo, á forma como nos conhecemos e fomos nos aproximando. Um verdadeiro príncipe, deveria ter percebido, but, não o fiz. Logo no início do relacionamento as coisas foram meio perturbadas, ele tinha uma ex que não nos deixava em paz, hoje compreendo que ele deveria estar alimentando os sentimentos dela nesse período, senão ela teria agido de forma diferente como o fez depois. 
Nesse tempo eu estava muito apaixonada e criando milhões de planos para o nosso futuro, e ele correspondia a todos, sempre me dizendo coisas bonitas e minhas amiguinhas me dizendo o quanto eu era sortuda. Mas na realidade o tempo dele era outro, ele havia começado um namoro muito cedo e logo que este terminou engatou em outro comigo, quando na verdade o que ele queria era curtir uma vida de solteiro, mas sem abdicar da companhia de uma namorada. Resumindo  tentamos tentamos mas já não adiantava mais. Terminei. Ai ele mudou, o momento dele mudou. Mas seu tempo havia acabado. E já fazem quase seis anos que terminamos, e ele nunca deixou de tentar corrigir o seu "erro"(?), a mãe dele morreu,  nós nos aproximamos, recebi uma visita inesperada no início do ano, mas não restava mais nada da menina que ele conheceu e que fez planos ao lado dele. Nós se encontramos e se perdemos há muito tempo atrás, estávamos em épocas diferentes. Não havia como dar certo. 


Meu ultimo relacionamento foi um pouco mais complexo, namoramos durante quase 3 anos e terminamos, seguimos nossas vidas, diria que fomos por caminhos distintos, porém, em uma curva ou outra sempre se encontrávamos, eramos bem esquisitos, tentávamos e tentávamos nos afastar, e no entanto máximo que conseguimos foi ficar cerca de 2 meses sem se falar. E o incrível, brigávamos como se estivéssemos juntos, apesar de já estarmos com outras pessoas em nossas vidas. Ficamos quase 1 ano separados. E então, reatamos.   Hoje percebo que foi um erro. Nosso tempo já havia passado. Tudo se transformado. Ele, eu nossos sentimentos, o que permanecia eram os sonhos e planos, mas, eles eram apenas fantasias que não sobrevivem sem a essência que deve existir entre um casal: o amor. Nos transformamos em amigos, nos compreendíamos  sabíamos que podíamos contar um com o outro e confundimos os sentimentos e agora tenho medo de isso ser um pensamento unilateral e não tenho coragem de falar sobre isso com ele.
E se eu estiver confusa.
E se não for nada disso.
E se eu perder alguém especial por neurose.
E se tudo for mentira. 
E se for tudo fantasia minha, por querer viver romance e meu namoro já não ser mais um.
E se...
Enfim, é isso, voltando ao assunto essa música me faz viajar tudo isso e um pouco mais.
(...) 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011



Impulsiva e intolerante são palavras que me definem bem ultima-mente.
Não que eu goste de estar sendo assim, pelo contrário, mas meu estado de espírito mudou, não tenho mais fé nas pessoas deixei de acreditar  nas suas possíveis mudança ou simplesmente acordei e percebi que a índole não muda, infelizmente quem não tem caráter nunca terá .

Espero sinceramente que seja apenas uma fase, e que logo volte a ser a velha eu de novo.
Ser mulher é uma tarefa difícil quando você não se sente adulta o suficiente ou quando não tem as experiências necessária para lhe direcionar a tomar uma decisão, e agir como uma adolescente está fora de questão, embora muitas vezes eu o faça. È uma tarefa difícil para as pessoas ao meu redor me aguentar e uma verdadeira prova de amor por parte deles, mas se para eles e dificil aguentar alguem de personalidade tão ambígua, internamente o conflito é bem maior do que o que é externalizado. Na maioria das vezes quando me pego a pensar no futuro, vejo ele de forma tão incerta que tenho medo,e as incertezas são tão constantes. Caio, definiu bem como me sinto...


“(...) Tudo bem. 
Eu não preciso de muito.
 Eu não quero muito. 
Eu quero mais... 
Mais paz. Mais saúde. Mais dinheiro. Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia. Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. 
Mais eu. Mais você. Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu..."